RISE: O próximo destino da aviação comercial

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Em junho, a GE Aviation em conjunto com a Safran, fabricante francesa de equipamentos aeroespaciais, revelou o mais novo projeto a ser desenvolvido em conjunto pelas duas:turbinas híbridas-elétricas. Sob o nome de RISE, acrônimo para Revolutionary Innovation for Sustainable Engines, o programa pretende desenvolver um modelo de turbina com arquitetura aberta, elementos híbridos e a capacidade de usar combustíveis sustentáveis, como hidrogênio.

A parceria entre as duas não é de hoje. Em 1974, GE e Safran constituíram a CFM International, joint venture com participação igualitária entre elas, com o objetivo de produzir turbinas para aeronaves comerciais. Desde então, a parceria tem sido um sucesso – com mais de 35 mil turbinas entregues -, tanto que a duração da joint venture foi estendida até 2050.

Agora, o RISE, que será tocado pela CFM, pretende dar continuidade ao êxito no desenvolvimento de turbinas, priorizando eficiência. O uso da arquitetura aberta das turbinas e de materiais mais leves visam uma redução de 20% no consumo de combustível e de emissão de CO2 em comparação com os modelos atuais de turbinas. Já a ideia de ter uma composição híbrida-elétrica envolve a disponibilidade de motores com propulsão elétrica e a combustão, garantindo flexibilidade para os equipamentos.

GE e Safran estão longe de ser as únicas empresas no setor a investir nessas tecnologias. Em setembro de 2020, a Airbus revelou detalhes do seu projeto ZEROe, cuja ambição é desenvolver a primeira aeronave comercial com emissão zero por volta de 2035, lançando mão de propulsão com hidrogênio. Trata-se de um indicativo de alinhamento entre players do mercado, com possibilidade de que a CFM continue preenchendo o espaço de principal fornecedora de turbinas da Airbus.