Após um período fora da companhia, Elliot Hill, foi chamado para levar a Nike de volta as suas raízes (‘Nike’s Back’) e nessa breve entrevista concedida a Fortune Magazine, após pouco mais de 3 meses no cargo de CEO, ele comenta sua visão sobre o futuro da empresa e seu plano para recuperar a dominância da marca, em meio à renovada competição no setor.
Seu foco está em recuperar a essência da Nike, que está intimamente ligada a performance esportiva, sua relação com atletas de ponta e produtos inovadores. O marketing volta a buscar novos consumidores, fomentando demanda através de ‘emotional’ e ‘inspiring stories’, e sua estratégia comercial passa a priorizar sua relação com seus distribuidores/varejistas para retomar o valioso espaço perdido nas prateleiras.
Como em 2006, a companhia repete uma receita de sucesso, quando Phil Knight recorreu a um ‘insider‘ de longa data, após uma fracassada contratação de William Perez, que vinha de outra indústria, e durou apenas um ano. Naquela altura, Knight o substituiu por Mark Parker, que iniciou a sua carreira na empresa em 1979 e tinha ampla experiência em produtos e design. Seu comando de 14 anos foi muito bem-sucedido tanto para a companhia quanto para os acionistas minoritários, com a ação entregando crescimento anualizado de 17,4% neste período.
Assim como Parker, Elliot Hill tem uma longa trajetória na companhia. Entrou na Nike como estagiário no final da década de 80, trabalhando em diversos cargos na área comercial, notadamente responsável pela relação com varejistas, um item chave. Se aposentou em 2020 depois de não ter sido escolhido como CEO. Seus mais de 30 anos de trajetória lhe fornecem valiosos insights sobre o DNA da companhia, seu modelo de negócio e principais forças.
Não somos investidores da companhia no momento, porém o caso da Nike ilustra bem a importância de pessoas no sucesso de companhias (para o bem e para o mal). Esse é um item chave na filosofia de investimentos da Nextep.
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