A estratégia de preços da Disney é um tema relevante. Ao mesmo tempo em que tenta manter seus parques lucrativos, a companhia busca mantê-los acessíveis às famílias comuns (seu público alvo). Mesmo não sendo investidores do papel, acreditamos que este debate seja um exemplo perfeito de como o abuso de pricing power pode ser perigoso. Pricing power diz respeito à capacidade de ajustar o preço de um produto sem gerar alterações significativas na sua demanda. Aumentos agressivos de preço podem parecer excepcionais no curto prazo, e as vantagens infinitas, mas no médio prazo as rachaduras começam a aparecer. Atualmente a Disney cobra um valor extra por experiências especiais, como furar filas e refeições com personagens. Isso os ajuda a aumentar o...

As ações da empresa holandesa de processamento de pagamentos Adyen subiram até 15% na quinta-feira (13/Fev) após a divulgação de seu resultado referente ao ano fiscal de 2024, que superou as expectativas do mercado. O principal ponto foi a margem mais elevada no segundo semestre, atribuída principalmente ao crescimento de receita líquida e ao menor crescimento das despesas relacionadas a pessoas (lower people-related growth). O EBITDA do segundo semestre de 2024 da empresa atingiu €562,2 milhões, com uma alta margem de 53% (vs. 48% no mesmo período do ano anterior). Para o ano completo registraram um EBITDA de €992 com margem de 49,7%. O forte crescimento da receita se deu especialmente na Europa, Oriente Médio, e África, e foi impulsionado...

A Richemont, dona de Marcas como Cartier e Van Cleef & Arpels, surpreendeu o mercado com a divulgação de seu resultado referente aos últimos três meses de 2024. A receita da divisão de joias, principal negócio do conglomerado, cresceu 14% ano contra ano, dando sinais de que o pior do setor de luxo pode ter ficado para trás. Sua ação subiu 16,36%, no fechamento de ontem, e impulsionou diversas companhias do setor.

A Broadcom recentemente ultrapassou o marco de US$ 1 trilhão, se juntando às "Magnificent 7", grupo originalmente composto por Apple, Tesla, Microsoft, Meta, Amazon, Alphabet, e pela NVDIA. Com a chegada da companhia de semicondutores, o grupo foi rebatizado para “BATMMAAN”. Atualmente estas empresas possuem cerca de US$ 19 trilhões em valor de mercado e representam incríveis 36% do S&P 500, dominando o índice, que cada vez menos cumpre o papel de representar de forma ampla a economia americana. Apenas no ano de 2024, estas oito companhias (“BATMMAAN”) adicionaram US$6,2 trilhões em market cap, ao passo que as demais 492 companhias que compõem o índice adicionaram coletivamente aproximadamente a metade, ou US$3,6 trilhões. Este nível de concentração pode ser perigoso. De acordo...

De acordo com o grupo de investimento em mídia GroupM, a publicidade global ultrapassará US$ 1 trilhão em 2024. A nova previsão projeta que a receita global de anúncios aumentará 9,5% ao longo de 2024, acima das estimativas anteriores de 7,8%, já que os principais vendedores de anúncios, incluindo Google, Meta, ByteDance e Amazon, já obtiveram ganhos significativos. Estima-se que os anúncios digitais sejam responsáveis por 73% da receita total até o final do ano que vem - crescendo 12,4% globalmente em 2024 e 10% em 2025 - ou 82% quando se inclui a receita de streaming e jornais/revistas digitais. Na última divulgação de resultados, Google Advertising teve um aumento de 10,4% e foi dito na teleconferência que “Os anunciantes...

Recentemente a LVMH adquiriu uma participação na Double R, a holding controlada pelo presidente e CEO da Moncler, Remo Ruffini. Sob os termos do acordo, o conglomerado de luxo francês pode aumentar sua participação na Double R dos atuais 10% para até 22%. Os recursos dessa venda permitirá que a holding compre mais ações da Moncler, aumentando sua participação para até 18,5% no próximo ano e meio. A Moncler é um dos casos de sucesso do mercado de luxo nos últimos anos. Desde que assumiu seu cargo em 2003, o CEO e presidente da marca Remo Ruffini, vem incentivando mudanças inovadoras para a marca como o projeto Moncler Genius que iniciou com um time de diretores criativos diferentes lançando suas...

A Berkshire Hathaway foi capaz nas últimas décadas de captar grandes quantias de recursos a um baixíssimo custo e investi-las a altos retornos, de forma consistente. São inúmeros casos que ilustram sua excelente alocação de capital, sendo um dos mais emblemáticos o seu investimento na Apple ao longo da última década. Para além da redução significativa da posição em Apple, o fator que mais chamou a atenção do mercado foi o montante de caixa acumulado: US$ 325 bilhões, aproximadamente 30% do marketcap da companhia. Muito se conjectura sobre as decisões de Warren Buffet. A ausência de recompras pode indicar que a ação do conglomerado está cara e/ou muitos questionam se Buffett está se preparando para um downturn de mercado como fez...

Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo divulgaram seus resultados trimestrais na semana passada e mostraram como as dezenas de bilhões de dólares investidos na aposta de um boom de AI (inteligência artificial) estão começando a mostrar resultados. O forte crescimento do segmento de Cloud Computing é o principal sinal do forte apetite de seus clientes pela infraestrutura necessária para desenvolver aplicações relacionadas a AI. “A demanda continua maior do que nossa capacidade disponível”, disse a CFO da Microsoft, Amy Hood, na última teleconferência com analistas. A integração de AI ao serviço de cloud da Microsoft, o Azure, está acelerando esse último. Mais de um terço do crescimento de sua receita veio dessa integração. No próximo trimestre, a Microsoft prevê que...

Excelente artigo escrito por Zeca Doherty sobre os benefícios de investir no exterior, e que traz dados interessantes sobre a parcela investida por brasileiros fora do país: menos de 15% de seus investimentos totais (Maio de 2024). Adicionalmente, o autor comenta que nosso país contribui com apenas 1,5% dos investimentos globais, e faz a pergunta: “Diante desses números, é impossível não perguntar: quais barreiras impedem a expansão dos investimentos além das nossas fronteiras?” É sabido que a representatividade de investimentos internacionais no portfólio de brasileiros é muito inferior à média de países desenvolvidos, e que uma parcela relevante de seus investimentos no exterior é feita em ativos cujo risco é doméstico (Ex: ADRs e Bonds de companhias brasileiras), e que portanto...

Os gastos colossais com Inteligência Artificial (IA) dentro das grandes empresas de tecnologia são uma aposta que no futuro esses investimentos vão render frutos ainda maiores. O que causa preocupação em diversos investidores, nós inclusive, é quando e como isso irá ocorrer. Estes gastos podem ser vistos através da multiplicação de data centers pelos Estados Unidos que abrigam chips especializados necessários para desenvolver e executar aplicativos de IA. Do início de 2020 até este ano, a Microsoft mais do que duplicou o seu número de centros, ao passo que a Google aumentou em 80% no mesmo período. Para conferir a notícia na íntegra, veja link abaixo https://www.wsj.com/tech/ai/artificial-intelligence-investing-charts-7b8e1a97?mod=hp_listb_pos1